
A concubina do rei
Leitura Bíblica:
(2Sm 3:6-11.)
Talvez seja verdade que o instrumento mais difícil de tocar é o “segundo violino”. Essa foi a dificuldade das concubinas nas antigas civilizações. Nunca totalmente aceitas como esposas, avaliadas principalmente por sua capacidade de produzir filhos, essas mulheres viviam como escravas, com poucas oportunidades e direitos insignificantes. Frequentemente humilhadas pelas culturas dominadas pelos homens, elas podiam esperar que seus filhos fossem desprezados em favor dos filhos das esposas livres, que o relacionamento marital pleno fosse perpetuamente negado a elas e que a “vida abundante” fosse reservada para outra pessoa.
Falando de modo geral, essa foi a sorte de Rispa na vida. Complicando sua situação, seu marido foi morto em desgraça, ela foi envolvida em um relacionamento ilícito com o comandante militar e, além disso, seus filhos – o principal meio de sustento para uma mulher destituída de marido – foram executados por ordem de Davi. Raramente a receita para o desânimo e mesmo o suicídio tem sido mais potente. Apesar dessas circunstâncias que traziam mau pressentimento, Rispa é lembrada pela fidelidade em meio ao desespero.
A concubina do rei
No Antigo Testamento, existem muitas referências a concubinas (Gn 25:5, 6; Jz 8:30, 31; 2Sm 5:13-16; 1Rs 11:2, 3). Seu propósito expresso era produzir herdeiros, e, se produziam descendentes masculinos, seu status e posição social eram semelhantes às das esposas legítimas. Os homens eram considerados maridos de suas concubinas (Jz 20:4), e seus filhos apareciam nas genealogias (Gn 22:24) e recebiam parte da herança (Gn 25:5, 6). É interessante notar que as concubinas apareciam principalmente no período patriarcal. Durante a primeira monarquia, as concubinas estavam relacionadas com as casas reais. Rispa, cujo nome significa “brasa viva” (veja Is 6:6), fazia parte da casa real de Isbosete (“homem de vergonha”), o único filho restante de Saul, que, com a ajuda de Abner, tinha sido feito rei sobre Israel e se mudara para o outro lado do Jordão, em Maanaim (2Sm 2:8-10). O simples fato de que o autor bíblico incluiu informações sobre o pai de Rispa (“filha de Aiá”) sugere que a família dela deve ter sido importante e que ela não era uma simples escrava.
As circunstâncias pessoais de Rispa estavam longe do ideal. Ela pertencia à casa de Saul e, embora sendo concubina de Saul, Rispa não tinha segurança. Seu destino parecia totalmente fora de suas mãos, determinado por forças e circunstâncias além de sua autoridade ou controle.
Jesus nos disse que, se um homem cobiçar uma mulher, em seu coração, já terá cometido adultério com ela (Mt 5:28). Porém, no Antigo Testamento, muitos homens de Deus tiveram concubinas. Como reconciliar esse fato com o que Jesus disse? (Enquanto pensa em uma resposta, lembre-se de que só porque a Bíblia menciona que algo era praticado não significa que Deus aprovava nem que era o melhor caminho para se viver).Frequentemente, nos vemos apanhados por circunstâncias que não podemos controlar.AO LER ESTE SINGELO RELATO VOCÊ DEVERÁ...
Saber Reconhecer como a fidelidade de Rispa, concubina relativamente insignificante de um rei fracassado, influenciou eventos significativos na nação de Israel.
Sentir Quão determinada estava Rispa para fazer o pouco que pudesse para sua família, apesar de suas grandes perdas e impotência.
Fazer Empregar nossas energias para ser fiéis em qualquer função na qual Deus nos colocar.
Conhecendo um pouco de Rispa:
1º)- Mãe desolada- Rispa foi a mãe de dois dos filhos de Saul que foram enforcados como parte dos justos procedimentos que Deus requereu de Davi e Israel. Como Rispa respondeu a essa sentença?
2º)-Fidelidade- O exemplo de fidelidade de Rispa chamou a atenção de Davi. O autor bíblico inclui novamente a genealogia completa de Rispa quando Davi foi informado de sua ação. Ela não era uma mãe qualquer. Ela era filha de Aiá e concubina de Saul. O fato de ela estar na montanha “perante o Senhor” perto dos sete corpos, parece ter motivado Davi a considerar isso um ato muito importante: ele ordenou o sepultamento apropriado de Saul, de Jônatas e dos descendentes de Saul.
3º)-Rispa foi uma reconciliadora. Refletiu a imagem de Jesus, que foi o maior reconciliador, e nós somos chamados para isso também. “Foi missão de Jesus reconciliar os homens com Deus, e assim, uns com os outros”.
4º)-Rispa deixou nos registros da história uma atitude proativa.
5º)-Ela foi uma mulher perseverante. Viveu com desconforto por um longo período ao ar livre, suportando sereno e sol, dia e noite, até que seus amados fossem tratados com respeito e dignidade.
6º)-. Rispa não era uma pessoa pronta a reclamar de tudo e de todos. Viveu em silêncio. Mas falou muito alto.
6º)- Ela manifestou amor e paixão pela vida.
7º)-Mãe digna de honra.
8º)- Mãe dedicada e fiel.
Você sabia que: “Pessoas simples podem praticar atos poderosos que mudam a história?”
9º)- Defensora corajosa
Mesmo sozinha com seus mortos na montanha, essa mãe bravamente construiu uma cabana provisória de pano de saco, e lá, a céu aberto, acampou perto dos corpos em decomposição e os protegeu da profanação por pássaros e animais. Rispa não fez isso nem por um nem por sete dias, mas parece que vigiou os corpos por muitas semanas, até começarem as chuvas do outono. Rispa foi não apenas mãe dedicada, mas se distinguiu como exemplo de fidelidade em uma história dominada por homens que nem sempre foram fiéis.
O que somos capazes de fazer em circunstâncias como esta?
Mesmo que nos sintamos impotentes e insignificantes, ainda podemos reagir de forma leal, sejam quais forem nossas circunstâncias. Que desafios enfrentamos hoje para os quais necessitamos cumprir nosso dever, embora a perspectiva pareça sombria?
Resumo: Embora Rispa tenha sofrido uma perda terrível, ela defendeu corajosamente dos animais de rapina os corpos de seus filhos até que o rei Davi reagiu, sepultando os ossos de Saul e seus filhos, trazendo igualmente justiça e paz para Israel.
Fidelidade é a verdadeira medida do compromisso espiritual de uma pessoa.
fidelidade a Deus, mesmo nas coisas que consideramos “pequenas”, é mais importante do que o aplauso humano, reconhecimento terreno ou realização pessoal.
Pense nisto: Como minha fidelidade é avaliada quando sou deixado de lado para posições de liderança da igreja, embora minhas qualificações claramente excedem as das pessoas escolhidas acima de mim? Ou, embora meu nível de importância dentro da sociedade seja mínimo, como posso mostrar fidelidade? Ou, como uma “insignificante” garota escrava influenciou a história, partilhando sua fé com Naamã, seu senhor? Ou, como a civilização foi preservada por meio da fidelidade de um escravo chamado José?
Fidelidade é um estilo de vida
Com meu amor,
